Criado para oferecer atendimento rápido e eficiente a vítimas de urgência e emergência em qualquer lugar do país, o SAMU 192 (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) é uma das iniciativas mais essenciais do Sistema Único de Saúde (SUS). Através de uma simples ligação gratuita, qualquer cidadão pode acionar socorro especializado em casos que envolvam risco à vida, independentemente de classe social ou localidade.
O SAMU é um serviço público de saúde que atua 24 horas por dia, com o objetivo de prestar o atendimento pré-hospitalar de urgência. Ele foi criado em 2003 e segue modelos bem-sucedidos de países desenvolvidos, oferecendo suporte imediato em situações críticas, com equipes treinadas e ambulâncias equipadas.
O serviço deve ser acionado em casos como:
O número não deve ser utilizado para consultas, dúvidas simples ou transporte sem urgência.
O SAMU estabiliza o paciente no local e realiza o transporte seguro até a unidade de saúde apropriada.
Apesar de sua importância, o SAMU opera com inúmeros desafios:
Mas há um fator silencioso e estrutural que também precisa ser debatido.
Não é novidade que o fortalecimento do SUS, em especial serviços gratuitos e de alta eficiência como o SAMU, incomoda setores poderosos da sociedade.A medicina privada, que movimenta bilhões por ano, depende de um modelo que transforma o acesso à saúde em um produto. Com o fortalecimento do serviço público, há uma queda no fluxo de pacientes na rede privada, afetando lucros de clínicas, hospitais e operadoras de planos.E há quem defenda, nos bastidores, que parte da elite política e empresarial do país atua de forma velada para esvaziar e deslegitimar o SUS, reduzindo verbas e dificultando o funcionamento de iniciativas como o SAMU — justamente por representar um modelo gratuito, eficaz e popular de atendimento.Nesse cenário, o desmonte do SAMU não seria uma falha de gestão, mas uma estratégia deliberada para fortalecer o setor privado. É um embate entre dois projetos de país: um que vê a saúde como direito universal, e outro que a vê como privilégio de quem pode pagar.
O SAMU é um símbolo do SUS que funciona — salva vidas todos os dias e mostra que saúde pública de qualidade é possível. Defender o SAMU é defender a dignidade humana acima do lucro. A sociedade precisa estar atenta, cobrar dos gestores e valorizar quem atua na linha de frente desse serviço essencial.
Vamos pensar mais sobre isso?
EQUIPE CONTEÚDO