O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma das maiores conquistas sociais da história do Brasil. Criado pela Constituição de 1988, o SUS garante que todo cidadão tenha acesso universal, gratuito e integral à saúde, da vacina ao transplante, da consulta básica ao tratamento de alta complexidade.
Poucos países no mundo oferecem um modelo tão abrangente — e gratuito — quanto o Brasil. Ainda assim, o SUS é alvo constante de críticas, cortes de verbas e tentativas de desmonte. Por quê?
O SUS é o sistema público de saúde brasileiro, financiado com recursos federais, estaduais e municipais, e utilizado por mais de 190 milhões de pessoas. Está presente em praticamente todos os municípios do país e atua em:
Apesar de subfinanciado, o SUS já salvou incontáveis vidas e é reconhecido internacionalmente. Ele:
Mesmo com seus méritos inegáveis, o SUS sofre com:
Mas existe um fator mais profundo e muitas vezes ignorado: o SUS incomoda porque quebra o monopólio do lucro sobre a saúde.
A existência do SUS representa um desafio direto ao modelo de negócio de clínicas privadas, hospitais de elite e operadoras de planos de saúde. Ao oferecer, gratuitamente, serviços que no setor privado custam milhares de reais, o SUS desvaloriza o discurso da saúde como privilégio.
Por isso, não é raro encontrar políticos, empresários e veículos de comunicação que deslegitimam o sistema público, promovendo o sucateamento como desculpa para privatizações ou parcerias que drenam recursos públicos para o setor privado.
Em muitos casos, a crítica ao SUS não é movida por preocupação com a qualidade do serviço, mas sim pelo interesse de enfraquecer um modelo que reduz a lucratividade de gigantes da medicina privada.A velha tática do “deixar sucatear para depois vender barato” também aparece aqui — mascarada de “modernização”.
O SUS é patrimônio do povo brasileiro. Atacá-lo, ignorá-lo ou desmontá-lo é um projeto político que visa substituir o direito pela mercadoria. Defender o SUS não é apenas proteger um serviço público — é defender a ideia de que a vida humana vale mais do que o lucro.
É preciso cobrar melhorias, sim, mas jamais aceitar que a solução seja abandonar o maior sistema de saúde pública do planeta. O SUS funciona. O que não funciona é o interesse de quem lucra com sua falência.
NOTA
O SUS é nosso. É público, é gratuito, é universal — e só existe porque a sociedade brasileira lutou por ele. Valorizar o SUS é defender a vida acima do lucro, é reconhecer que saúde não pode ser privilégio de poucos, mas direito de todos.
Não podemos aceitar o discurso de que "nada funciona" ou que "o SUS é um fracasso". Esse tipo de fala alimenta o desmonte, justifica cortes e abre espaço para privatizações silenciosas. O SUS tem problemas, sim — mas não por ser público, e sim por ser sabotado sistematicamente.
O SUS precisa de crítica construtiva, fiscalização e cobrança — mas também precisa de apoio popular, consciência coletiva e mobilização social.
Defender o SUS é defender o Brasil. E o momento de agir é agora.
EQUIPE CONTEÚDO